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Vacinas

O que previne:

Tuberculose – principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo).

Do que é feita:

É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin – origem do nome BCG – obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%).

Indicação:

A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até os 5 anos de idade.

Outras recomendações: Pessoas de qualquer idade que convivem com portadores de hanseníase (lepra); estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança para o Brasil.

Contraindicação:

Pessoas imunodeprimidas e recém­nascidos de mães que usaram medicamentos que possam causar imunodepressão do feto durante a gestação.

Prematuros, até que atinjam 2 kg de peso.

Esquema de doses:

Dose única.

Local de aplicação:

Intradérmica.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.

Após a aplicação é importante não colocar produtos, medicamentos ou curativos no local.

Ocasionalmente, a vacina não deixa cicatriz, o que pode ocorrer por duas razões:

a criança não respondeu à vacina devido à falha vacinal que acontece em cerca de 5% dos vacinados;

houve resposta, mas com lesão discreta sob a pele, tornando difícil a identificação.

Então, sempre que não houver formação de cicatriz, um profissional da Saúde experiente deve examinar o local em que a vacina foi aplicada. No caso de reação inaparente ou discreta, não há necessidade de revacinar. Quando acontece a falha vacinal, uma nova dose deve ser aplicada seis meses após a primeira – nunca antes desse prazo.

Efeitos e eventos adversos:

A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica, com até 1 cm de diâmetro, no local em que foi aplicada – como rotina, no braço direito. Essa reação é esperada! A resposta à vacina demora cerca de três meses (12 semanas), podendo se prolongar por até seis meses (24 semanas), e começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando.

Eventos adversos possíveis: úlceras com mais de 1 cm ou que demoram muito a cicatrizar;

gânglios ou abscessos na pele e nas axilas; disseminação do bacilo da vacina pelo corpo, causando lesões em diferentes órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), os gânglios surgem em cerca de 10% dos vacinados.

Qualquer que seja o evento, o serviço de vacinação deve notificá­lo ao órgão de vigilância em Saúde e encaminhar o paciente ao posto de saúde para acompanhamento e tratamento adequados.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde e clínicas privadas de vacinação.

Resultados da prevenção no Brasil e no mundo:

A vacina BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada).

No Brasil, embora a incidência de tuberculose pulmonar venha aumentando, quase não são mais registradas as formas graves da doença. Outro exemplo da importância da vacinação foi o aumento do número de casos de tuberculose em crianças, registrado quando a Suécia suspendeu a vacinação de rotina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, previna­se mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa. Impacto como este depende de alta cobertura vacinal, razão pela qual é tão importante que toda criança receba a vacina BCG.

O que previne:

Febre amarela.

Do que é feita:

Esta vacina é atenuada – composta de vírus vacinal amarílico vivo atenuado (enfraquecido), cultivado em ovo de galinha. Pode conter em sua formulação sacarose, glutamato, sorbitol, gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Crianças a partir de 9 meses de idade, adolescentes e adultos que vivem em regiões brasileiras classificadas como áreas de recomendação de vacinação, ou em viagem nacional/internacional de risco para a doença, ou com obrigatoriedade de comprovação da vacinação.

Veja no mapa as áreas onde a vacina integra os calendários de vacinação de rotina e está também recomendada para viajantes que se deslocam por essas áreas.

A comprovação de vacinação é exigida por alguns países a viajantes brasileiros, já que o Brasil éconsiderado endêmico para a doença. Veja a lista completa.

O documento internacional de registro da vacina chama-se Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Para emissão do CIVP, é preciso procurar os serviços públicos ou privados habilitados para tal, pessoalmente, e apresentar um documento de identidade com foto e a caderneta de vacinação com o registro da vacina.

Contraindicações:

Crianças abaixo de 6 meses de idade.

Indivíduos infectados pelo HIV, sintomáticos e com imunossupressão grave comprovada porexame de laboratório.

Pessoas com imunodepressão grave por doença ou uso de medicação.

Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seissemanas após a aplicação de dose anterior da vacina.

Mulheres amamentando crianças abaixo de 6 meses de idade. Se a vacinação não puder seradiada até o bebê completar 6 meses, a mãe deve realizar, antes da vacinação, a ordenha doleite e manter congelado por 28 dias, em freezer ou congelador, para uso durante 28 dias (nomínimo 15 dias), período em que há risco de transmitir o vírus vacinal pelo leite e contaminar obebê.

Pacientes submetidos a transplante de órgãos.

Pacientes com câncer.

Pessoas com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovode galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).

Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos deausência de timo ou remoção cirúrgica).

Em princípio há contraindicação para gestantes, mas a administração deve ser analisada deacordo com o grau de risco, por exemplo, na vigência de surtos.

A vacinação de indivíduos a partir de 60 anos deve ser evitada, a menos que haja alto risco deinfecção.

Esquema de doses:

Nas áreas brasileiras com recomendação de vacina:

Rotina: duas doses: aos 9 meses e 4 anos de idade;

Para quem não recebeu as doses da rotina: duas doses com intervalo de dez anos.

A viajantes para áreas com recomendação ou países que exigem o CIVP é recomendada umadose. Se dez anos depois a pessoa for de novo para a área com recomendação, uma segundadose deve ser aplicada.

Em situações de exigência da vacinação, a primeira dose deve ter sido aplicada no mínimo dez dias antes da viagem. (deixar em negrito)

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre recomenda­se adiar a vacinação até a melhora.

A administração da vacina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ou outras doençasautoimunes deve ser avaliada com cuidado, pois pode haver imunossupressão nesses pacientes.

Pacientes transplantados de células de medula óssea também devem ser avaliados,considerando o estado imunológico e o risco epidemiológico, respeitando­se o período mínimo de24 meses após o transplante.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que arealizou.

Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades deSaúde.

Efeitos e eventos adversos:

Entre os eventos locais, a dor no local de aplicação ocorre em 4% dos adultos vacinados e umpouco menos em crianças pequenas, e essa dor dura um ou dois dias, na forma leve oumoderada.

Manifestações gerais, como febre, dor de cabeça e muscular são os eventos mais frequentes eacontecem em cerca de 4% dos que são vacinados na primeira vez e menos de 2% nassegundas doses.

Apesar de muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença). No Brasil, entre 2007 e 2012, a ocorrência destes eventos graves foi de 0,42 caso por cem mil vacinados. Reações alérgicas como erupções na pele, urticária e asma acontecem com frequência de um caso para 130 mil a 250 mil vacinados. Entre 1999 e 2009, ocorreu anafilaxia na proporção de 0,023 caso para cem mil doses aplicadas. Entre 2007 e 2012, aconteceram 116 casos (0,2 caso em cem mil vacinados) de doença neurológica, principalmente quando se tratava de primeira dose e em idosos. Já a doença nos órgãos, chamada “viscerotrópica”, neste mesmo período, ocorreu em 21 pessoas (0,04 caso em cem mil vacinados).

Onde pode ser encontrada:

Nas clínicas privadas de vacinação credenciadas junto à Anvisa e nas Unidades Básicas de Saúde.

Resultados da vacinação no mundo:

O que previne:

Febre tifoide.

Do que é feita:

Trata­se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por polissacarídeos da cápsula da bactéria (Salmonella typhi), fenol, cloreto de sódio, fosfato dissódico diidratado, fosfato monossódico diidratado e água para injeção.

Indicação:

Crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa.

Profissionais que lidam com águas contaminadas e dejetos.

Contraindicação:

Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da vacina.

Esquema de doses:

Uma dose. A vacina confere proteção por três anos, de modo que a revacinação pode ser recomendada após este período, se o risco de adoecimento persistir ou retornar.

Via de aplicação:

Intramuscular ou subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Em caso de febre recomenda­se adiar a vacinação até a melhora.

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode ser usada medicação para dor, sob recomendação médica.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

A vacina febre tifoide causa poucas reações, sendo as mais frequentes relacionadas com o local da aplicação: dor, em 3,6% a 9,4% dos vacinados; vermelhidão, em 2,4% a 5,4%; inchaço, em 1,7% a 1,8%. Outras possíveis reações: febre, em 1,5% a 16,2%; dor de cabeça, em 10% a 7,8%; mal­estar, em 0,9% a 4%; náuseas, em 2,1% a 5%; e coceira, em 1,7% a 1,8%.

Onde pode ser encontrada:

Clínicas privadas de vacinação e centros de atendimento ao viajante.

O que previne:

Doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta de pó liofilizado com polissacarídeo da cápsula da bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib) conjugado com toxoide tetânico, lactose, cloreto de sódio, água para injeção. As apresentações multidose contêm fenol. Na vacina disponível na rede pública há timerosal (derivado do mercúrio).

Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa).

Indicação:

Crianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.

Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por Hib: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

Esquemas de doses:

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial para crianças vacinadas com a vacina DTPa.

Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.

Via de aplicação:

Subcutânea ou intramuscular (nunca pelas vias intravascular ou intradérmica).

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Pode ocorrer dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados; e inchaço, endurecimento e vermelhidão em 0,2% a 17% deles.

Em relação às manifestações gerais, a febre nas primeiras 24 horas após a vacinação é relatada por 1% a 6% dos vacinados; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal leve podem aparecer em 1% a 20% dos vacinados.

Um a cada 600 mil vacinados apresenta alergia a algum componente da vacina, sobretudo ao timerosal (derivado do mercúrio), sendo mais raro em crianças e adolescentes.

Onde pode ser encontrada:

A vacina Hib faz parte da rotina de vacinação infantil, compondo a vacina penta dos postos de saúde (tríplice bacteriana de células inteiras, hepatite B e Hib – DTPw-HB/Hib).

Na rede privada de vacinação, é encontrada nas vacinas penta (tríplice bacteriana acelular, poliomielite inativada (VIP) e Hib – DTPa-VIP/Hib) e hexa (tríplice bacteriana acelular, poliomielite inativada, Hib e hepatite B – DTPa-VIP-HB/Hib) e também na apresentação isolada.

Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Cries), para pessoas com algumas condições clínicas específicas de risco para a doença ou para complementação de esquemas vacinais, na apresentação isolada.


Resultados da vacinação no mundo:

O que previne:

Hepatite A.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9%. Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído.

Na rede privada está disponível a apresentação pediátrica (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos.

Indicação:

Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:

Duas doses com intervalo de seis meses.

As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nas idades recomendadas.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou, em 2016, esquema de dose única da vacina entre 15 meses e antes de completar 2 anos de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.

Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Em 10% dos vacinados ocorrem: irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.

Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.

Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam sintomas respiratórios, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular.

Em 0,01% a 0,1% houve diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 12 a 23 meses e 29 dias de idade.

Nas clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos.

Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries) para pessoas com algumas condições clínicas de risco para a hepatite A: doenças crônicas do fígado, inclusive portadores do vírus da hepatite C e portadores crônicos do vírus da hepatite B; distúrbios de coagulação, pacientes com HIV/Aids; imunodeprimidos por doença ou tratamento; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgão sólido; transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; doadores de órgão sólido ou de medula óssea; hemoglobinopatias.

O que previne:

Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por proteína de superfície do vírus da hepatite B purificado, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter fosfato de sódio, fosfato de potássio e borato de sódio.

A rede pública utiliza a apresentação multidose (mais de uma dose por frasco), que contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Indicação:

Para pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer.

Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Contraindicação:

Não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior. Ou nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento e aos 2 e 6 meses de vida.

Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos (eventualmente não vacinados no primeiro ano de vida), o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.

Prematuros vacinados ao nascer necessitam, obrigatoriamente, de quatro doses.

Para crianças a partir de 12 meses de idade, adolescentes e adultos, as clínicas privadas de vacinação dispõem ainda da vacina que combina hepatite A e hepatite B em uma única aplicação. Em menores de 16 anos, duas doses com intervalo de seis meses. Nas maiores, o esquema é de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.

Pessoas com comprometimento do sistema imunológico necessitam de dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao estímulo produzido pela vacina. Devem realizar exames periódicos para acompanhar os níveis de anticorpos e, sempre que a quantidade diminuir, receber um reforço com dose dobrada.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais que 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação; endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.

Em relação às manifestações gerais, de 1% a 6% dos vacinados apresentam febre bem tolerada e autolimitada nas primeiras 24 horas após a aplicação; cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrintestinal acometem de 1% a 20%.

A ocorrência de púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro, registrado em menos de 0,01% dos vacinados, e até hoje não foi bem estabelecido se esses poucos casos estão de fato relacionados à vacina ou se foi apenas coincidência. Nestes casos, as manchas roxas ou avermelhadas na pele e a diminuição da contagem de plaquetas que caracterizam a doença surgiram poucos dias a até dois meses depois da vacinação.

Anafilaxia também é muito rara: um caso em 600 mil adolescentes e adultos vacinados, sendo mais rara ainda em crianças.

Tais eventos adversos estão relacionados à vacina hepatite B isolada. Aqueles associados às vacinas combinadas com componente hepatite B podem ser encontrados nos tópicos que tratam de cada uma especificamente: DTPa-VIP-HB/Hib e DTPw-HB/Hib e vacina combinada hepatite A e B.

Onde pode ser encontrada:

Na rede pública, para todas as pessoas, a partir do nascimento até 49 anos de idade. Pode ser usada a vacina hepatite B isolada ou, para as doses dos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada a outras vacinas (vacina DTPw-HB/Hib).

Na rede privada é encontrada em apresentação isolada para todas as idades; em apresentação combinada DTPa-VIP-HB/Hib para menores de 7 anos; e na apresentação combinada com a vacina hepatite A (vacina hepatite A e B) para crianças maiores de 1 ano, adolescentes e adultos.

O que previne:

Infecções do fígado (hepatites) causadas pelos vírus da hepatite A e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta do vírus inativado (morto) da hepatite A e da proteína de superfície do vírus da hepatite B. Também possui em sua composição: sais de alumínio, formaldeído, sulfato de neomicina, fenoxietanol, polissorbato 20, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Crianças a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos.

É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas hepatites.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia provocada por qualquer componente da vacina ou por dose anterior.

Pessoas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com antígenos do vírus da hepatite B.

Esquemas de doses:

Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de seis meses.

Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira, e a terceira, cinco meses após a segunda.

Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina hepatite B ou esquema de quatro doses, devem receber complementação com a vacina hepatite B.

Via de aplicação:

Intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Reações no local da aplicação, como vermelhidão e inchaço por mais de 24 horas e dor intensa foram relatados por 1,5% dos vacinados. Eventos gerais como febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço, náusea e vômito ocorrem com 0,3% a 10% dos vacinados. Não há relato de eventos adversos graves, mas podemos esperar o mesmo risco que existe para as vacinas isoladas hepatite A e hepatite B.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação.

O que previne:

O herpes zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, e sua principal complicação, a neuropatia pós-herpética, responsável por dor crônica, prolongada, de difícil controle e extremamente debilitante.

Do que é feita:

Trata-se de vacina composta por vírus vivos atenuados da varicela zóster (VVZ) da cepa Oka/Merck, sacarose, gelatina, ureia, cloreto de sódio, levoglutamato de sódio monoidratado, fosfato de sódio dibásico, fosfato de potássio monobásico, cloreto de potássio, traços de neomicina e de soro de bezerro e água para injeção. Não contém conservantes.

Indicação:

A vacina está licenciada para pessoas com 50 anos ou mais e é altamente recomendada para maiores 60 anos de idade.

Contraindicação:

Pessoas imunodeprimidas.

Alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina.

Pessoas com tuberculose ativa não tratada.

Gestantes.

Esquema de doses:

Uma dose.

Local de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

A vacinação não requer qualquer cuidado prévio.

Adiar a vacinação em caso de doença febril aguda.

A vacinação de pessoas portadoras do vírus HIV deve ser avaliada por médico, que pode prescrevê-la se não houver comprometimento do sistema imunológico.

No caso de pacientes que já tiveram herpes zóster oftálmico, ainda não existem dados suficientes para indicar ou contraindicar a vacina.

Após quadro de herpes zóster, é preciso aguardar um ano para aplicar a vacina.

Até o momento não foi observada transmissão do vírus vacinal e doença (varicela) a partir de indivíduos que receberam a vacina varicela zóster.

Efeitos e eventos adversos:

A segurança da vacina foi avaliada em mais de 30 mil indivíduos acima de 50 anos, inclusive em maiores de 60, 70 e 80 anos, mesmo naqueles com doenças de base (cardiopatias, pneumopatias, diabetes, etc.).

A incidência de eventos adversos no local da aplicação foi de 34% nos indivíduos que receberam a vacina e de 6% nos indivíduos do estudo que receberam placebo ao invés de vacina. Em geral, foram manifestações de leves a moderadas: coceira, vermelhidão, inchaço, dor.

Entre os eventos gerais relatados estão:

Febre: ocorreu em menos de 1% dos vacinados.

Sintomas respiratórios: em 1,7% dos vacinados.

Diarreia: em 1,5% dos vacinados.

Alterações na pele: em 1,1% dos vacinados.

Cansaço: em 1,0% dos vacinados.

Onde pode ser encontrada

Em clínicas privadas de vacinação.

O que previne:

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta pelas proteínas L1 dos papilomavírus humano (HPV) tipos 6,11,16,18, sulfato de hidroxifosfato de alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injeção.

Indicação:

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para meninas de 9 a 13 anos de idade.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos.

Contraindicação:

Gestantes e pessoas que apresentaram anafilaxia após receber uma dose da vacina ou a algum de seus componentes.

Esquemas de doses:

A vacinação deve iniciar a partir dos 9 anos de idade, o mais cedo possível.

Esquema padrão de três doses (para todas as idades): a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira.

Nas Unidades Básicas de Saúde, a vacina está disponível em duas doses para meninas de 9 a 13 anos: a segunda, seis meses após a primeira. Este esquema é válido e exclusivo para menores de 15 anos.

Também na rede pública, meninas e mulheres portadoras de HIV com idade entre 9 e 26 anos podem ser vacinadas nos postos de saúde ou nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), com esquema de três doses: a segunda, dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Antes de se vacinar, a mulher deve ter certeza de que não está grávida. Contudo, se a vacina for aplicada sem que se saiba da gravidez, nenhuma intervenção se faz necessária. Quando a gestação tem início antes de o esquema estar completo, deve-se suspender a vacinação e retomá-la após o parto.

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Na Inglaterra, após dois anos de incorporação da vacina no calendário do governo, e da administração de 4,5 milhões de doses, somaram-se 4.703 eventos adversos. Desse total, 17% foram manifestações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço); 11%, manifestações alérgicas (urticária e prurido); e 37%, manifestações gerais como náuseas, vômitos e dor de cabeça. Foram registradas ainda reações psicogênicas (21%) descritas como pânico e desmaios causados pelo medo da injeção e não pela vacina – principalmente em adolescentes e mulheres jovens. Não ocorreu nenhum caso de doença neurológica, paralisia ou doença autoimune.


Saiba mais:

Vacina HPV – Carta aberta à população

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde para meninas de 9 a 13 anos e para meninas e mulheres de 9 a 26 anos portadoras do vírus HIV.

Nas clínicas privadas de vacinação, para meninos e homens de 9 a 26 anos de idade e para meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade.

O que previne:

Infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe) contidos nas vacinas.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Sua formulação contém proteínas de diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a vigilância nos hemisférios Norte e Sul. As cepas vacinais são cultivadas em ovos embrionados de galinha e, por isso, as vacinas contêm traços de proteínas do ovo.

Existe vacina trivalente, com duas cepas de vírus A e uma cepa de vírus B, e vacina quadrivalente, com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B.

Quando a apresentação é monodose, ou seja, em seringas prontas com doses individuais, a vacina não contém conservantes. Já a apresentação multidose, como acontece com outras vacinas, contém timerosal (derivado do mercúrio) como conservante.

Podem conter traços de formaldeído e antibióticos (geralmente gentamicina ou neomicina), utilizados durante a fabricação para prevenir contaminação por germes. Também contém cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença.

Contraindicação:

Pessoas com alergia grave (anafilaxia), a ovo de galinha, a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

Para crianças de 6 meses a 9 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de um mês e revacinação anual.

Para crianças maiores de 9 anos, adolescentes, adultos e idosos: dose única anual.

Para menores de 3 anos a dose é de 0,25 mL e para os maiores é de 0,5 mL.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Pessoas com história de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.

No caso de história de síndrome de Guillain-Barré (SGB) até seis semanas após a dose anterior da vacina, recomenda-se avaliação médica criteriosa sobre o risco-benefício antes de administrar nova dose.

Excetuando os casos aqui citados, não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Manifestações locais como dor, vermelhidão e endurecimento ocorrem em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.

Manifestações sistêmicas também são benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados. Têm início de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina. Reações anafiláticas são raríssimas.

Sabe-se que a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) pode ocorrer por mais de um motivo, mas em raras ocasiões seu surgimento coincidiu com a aplicação de uma vacina – nesses casos, surgiu entre um dia e seis semanas após a vacinação. Com exceção de uma vacina específica para gripe suína de 1976, todos os demais estudos que buscaram relação de causa entre vacinas influenza e SGB obtiveram resultados contraditórios, alguns encontrando essa relação e outros não. Até hoje não se sabe se a vacina influenza pode de fato aumentar o risco de recorrência da SGB em indivíduos que já a tiveram. Também é importante saber que alguns vírus podem desencadear essa síndrome.

Onde pode ser encontrada:

Na rede pública, para crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, maiores de 60 anos, profissionais da Saúde, pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, imunocomprometidos, entre outras) e população indígena e privada de liberdade.

Na rede privada, para pessoas a partir de 6 meses, sem restrições de idade.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não causadora de infecção.

É composta por quatro componentes, três proteínas subcapsulares e a membrana externa do meningococo B, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção. Podem existir traços de canamicina, antibiótico usado no processo de cultivo da bactéria vacinal, para evitar contaminação.

Indicação:

Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).

Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico.

Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de quatro doses da vacina meningocócica B aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses.

Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês.

Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês.

Para crianças mais velhas que não foram vacinadas o esquema de doses varia conforme a faixa etária (ver quadro a seguir):

2 a 5 meses Três doses Dois meses Uma dose entre 12 e 15 meses
6 a 11 meses Duas doses Dois meses Uma dose no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos dois meses
12 meses a 10 anos Duas doses Dois meses Não foi estabelecida a necessidade de reforços
A partir de 11 anos Duas doses Um mês Não foi estabelecida a necessidade de reforços

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.

Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Evitar aplicação simultânea com as vacinas tríplice bacteriana, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, para reduzir chance de febre alta após a vacinação.

Efeitos e eventos adversos:

Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.

Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.

Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.

Onde pode ser encontrada:

Clínicas privadas de vacinação.

Resultados da vacinação:

Em 2014 ocorreram surtos de meningite meningocócica B em universidades americanas. A vacinação de bloqueio dos estudantes conseguiu controlar tais surtos.

O que previne:

Doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e meningococcemia).

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença .

Contém antígeno formado por componente da cápsula da bactéria (oligossacarídeo) do sorogrupo C conjugado a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM 197. Contém também adjuvante hidróxido de alumínio, manitol, fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

  • Para crianças e adolescentes.
  • Para adultos e idosos, dependendo da situação epidemiológica.
  • Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.
  • Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

  • O PNI disponibiliza três doses da vacina: aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos). As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que, além dessas doses, sejam feitos reforços entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade.
  • Para adolescentes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de cinco anos.
  • Para adultos, somente em situações que justifiquem, em dose única.
  • A SBIm recomenda que a vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) seja preferida para crianças, adolescentes e adultos, visto conferir proteção para três outros tipos de meningococos, além do C. Em todas essas faixas etárias, na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a meningocócica C (ver calendários de vacinação: Criança, Adolescente, Mulher, Homem e Idoso).

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • As reações, quando acontecem, manifestam-se nas primeiras horas após a vacinação e melhoram em cerca de 72 horas. Em mais de 10% dos vacinados ocorrem: vermelhidão, inchaço, dor ou sensibilidade no local da aplicação; dor de cabeça (principalmente em adultos). Em crianças com menos de 2 anos podem ocorrer vômitos, diarreia, inapetência, sonolência e agitação.
  • Entre 1% e 10% dos vacinados são acometidos por febre maior ou igual a 38°C, irritabilidade, choro intenso (em crianças com menos de 2 anos) e dores musculares.
  • Muito raramente (em menos de 0,01%) ocorre aumento de gânglios, nódulo no local da aplicação, reação alérgica grave (chiados, inchaço facial, queda da pressão, dificuldade de respiração), tontura, convulsões, flacidez dos músculos, enjoo, dor na barriga, manchas na pele, problemas de rim, dermatite com formação de bolhas na pele, urticária.

Onde pode ser encontrada:

  • Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 meses a menores de 5 anos de idade.
  • Nas clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos.
  • Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Cries), para pessoas com algumas condições clínicas específicas de risco para a doença.

O que previne:

Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém antígeno formado por componentes das cápsulas das bactérias (oligossacarídeos) dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína que, dependendo do fabricante, pode ser o toxoide tetânico ou o mutante atóxico da toxina diftérica, chamado CRM-197. Pode conter também sacarose; trometamol; fosfato de potássio diidrogenado; sacarose; cloreto de sódio; fosfato de sódio diidrogenado monoidratado; fosfato dissódico hidrogenado diidratado; cloreto de sódio e água para injeção.

Indicação:

Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm).

Para adultos e idosos, dependendo da situação epidemiológica.

Para pessoas de qualquer idade com doenças que aumentem o risco para a doença meningocócica.

Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

Esquema de doses:

As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças, adolescentes e adultos. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.

Para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.

Para adultos, dose única.

Via de aplicação:

Exclusivamente pela via intramuscular profunda.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Em 10% dos vacinados ocorrem: inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular. Entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações. Em 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem: insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar. Em 0,01% a 0,1%, principalmente em adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.

As reações tendem a desaparecer em até 72 horas.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação.

O palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo "pronto" que induz imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Está incluído aqui porque é a única forma disponível, hoje, para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes, como a bronquiolite e, principalmente, pneumonias. Até o momento não dispomos de vacinas contra o VSR.

O que previne:

As formas graves de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), em bebês de alto risco.

Do que é feito:

Trata-se de um anticorpo específico contra o VSR, elaborado por técnica de engenharia genética (imunização passiva).

Indicação:

Está indicado no Calendário de vacinação SBIm prematuro para os recém-nascidos pré-termo com menos de 29 semanas de idade gestacional no primeiro ano de vida; para aqueles nascidos entre 29 e 32 semanas, até o sexto mês; e para portadores de doenças cardíacas e pulmonares nos dois primeiros anos de vida.

Contraindicação:

Não há contraindicações, exceto reações alérgicas a doses anteriores do produto.

Esquema de doses

São aplicadas doses mensais de 15 mg/kg de peso, durante o período de maior circulação do vírus (depende da região do país).

Local de aplicação

Via intramuscular no vasto lateral da coxa.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não há nenhum cuidado antes ou após a administração.

Efeitos e eventos adversos:

O produto é seguro e não apresenta eventos adversos importantes além de reações locais, raras, leves e transitórias.

Onde pode ser encontrado:

O Ministério da Saúde (MS) disponibiliza gratuitamente para prematuros nascidos com menos de 29 semanas de vida e bebês com cardiopatias congênitas ou displasia pulmonar.

O que previne:

A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de pneumococos.

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos.

Do que são feitas:

Trata-se de vacinas inativadas, portanto não têm como causar as doenças.

A VPC10 é composta de dez sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo), oito deles conjugados com a proteína D do Haemophilus influenzae tipo b, um com o toxoide tetânico e outro com toxoide diftérico. Contém também cloreto de sódio, fosfato de alumínio e água para injeção.

A VPC13 é composta de 13 sorotipos de Streptococcus pneumoniae (pneumococo) conjugados com a proteína CRM197. Contém também sais de alumínio, cloreto de sódio, ácido succínico, polissorbato 80 e água para injeção.

Indicações:

Para crianças a partir de 2 meses e menores de 6 anos de idade é recomendada a vacinação rotineira com VPC10 ou VPC13.

Para crianças com mais de 6 anos, adolescentes e adultos portadores de certas doenças crônicas, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Para maiores de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Contraindicação:

Crianças que apresentaram anafilaxia após usar algum componente da vacina ou após dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

VPC10 ou VPC13

Vacinação infantil de rotina, quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses.

Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.

Para crianças entre 2 e 5 anos de idade e não vacinadas: uma dose.

Para crianças entre 2 e 5 anos e portadoras de doenças crônicas que justifiquem, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças que começam a vacinação com atraso, após os 6 meses de vida, precisam que seus esquemas sejam adaptados de acordo com a idade de início. A SBP e a SBIm recomendam que se a criança foi vacinada com a VPC10, se beneficia da proteção de uma dose adicional da VPC13, administrada dois meses após a última VPC10.

VPC13

Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes e adultos com doenças crônicas que justifiquem a vacinação e ainda não vacinados: dose única. Em algumas situações, duas doses com intervalo de dois meses podem estar indicadas. Nesses casos, pode ser necessário complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Para maiores de 50 anos: dose única.

Para os maiores de 60 anos, recomenda-se complementar a vacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23).

Crianças menores de 6 anos que completaram o esquema de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde com a vacina PCV10 têm benefícios se tomarem mais uma dose da VPC13, o que aumenta a proteção contra a doença pneumocócica.

Via de aplicação:

VPC10 – Intramuscular.

VPC13 – Intramuscular.

Efeitos e eventos adversos:

VPC10 – Dor, inchaço e vermelhidão são relatados por 38,3% dos vacinados. Entre os sintomas gerais, irritabilidade é o mais comum (52,3%). Em mais de 10% ocorre sonolência, perda de apetite e febre. Entre 0,1% e 0,01% dos vacinados (crianças com até 5 anos) apresentam dificuldade respiratória, diarreia, vômitos, choro persistente. Erupções na pele e convulsões ocorrem em menos de 0,01% dos vacinados.

VPC13 – Em mais de 10% das crianças vacinadas ocorrem: diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência ou sono inquieto, febre e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão, inchaço ou endurecimento). Entre 1% e 10% dos vacinados relatam: diarreia, vômitos, erupção cutânea, febre acima de 39°C. Entre 0,1% e 1% são acometidos por choro persistente, convulsões, urticária, reação local intensa. Raramente (entre 0,01% e 0,1%) ocorrem: episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) e anafilaxia.

Em adultos, mais de 10% apresentam: diminuição do apetite, dor de cabeça, diarreia, erupção cutânea, dor nas articulações, dor muscular, calafrios, cansaço e reações locais (endurecimento, inchaço, dor, limitação do movimento do braço). Em 1% a 10% ocorrem vômitos e febre. Entre 0,1% e 1% dos vacinados relatam: náusea, alergia grave, gânglios no braço vacinado.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Recomenda-se evitar o uso profilático (sem a ocorrência de febre) de antitérmicos e anti-inflamatórios antes e nas 24 horas que seguem a vacinação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Os eventos adversos são mais frequentes quando as vacinas são aplicadas no mesmo dia que a vacina DTPw-HB/Hib.

Onde podem ser encontradas:

VPC10 – Nas unidades básicas de saúde, para crianças de 2 meses a 2 anos, e em clínicas privadas de vacinação, para crianças de 2 meses a 5 anos. Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para crianças com até 5 anos de idade que tenham certas condições de saúde que aumentam o risco para doença pneumocócica grave. Em janeiro de 2016, o Programa Nacional de Vacinação passou a adotar, para o primeiro ano de vida, duas doses com intervalo mínimo de 2 meses, e dose de reforço aos 12 meses de idade.

VPC13 – Em clínicas privadas de vacinação.

O que previne:

Doenças causadas por 23 tipos de pneumococos.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta de partículas purificadas (polissacarídeos) das cápsulas de 23 tipos de Streptococos pneumoniae (pneumococo), cloreto de sódio, água para injeção e fenol.

Indicação:

Para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições).

Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina.

Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

Contraindicação:

Crianças, adolescentes e adultos que apresentaram anafilaxia causada por algum componente ou dose anterior da vacina.

Esquemas de doses:

Recomenda-se a combinação da VPP23 com a VPC13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VPC10 ou VPC13) — veja as indicações de cada uma — e aplicar uma dose da VPP23 seis a doze meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP23.

Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP23.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

As reações adversas mais frequentes, que ocorrem com mais de 10% dos vacinados, são: dor no local da aplicação (60,0%), inchaço ou endurecimento (20,3%); vermelhidão (em 16,4%); dor de cabeça (17,6%); cansaço (13,2%) e dor muscular (11,9%). Reações locais mais intensas, com inchaço de todo braço, chegando até o cotovelo, hematoma e manchas vermelhas podem ocorrer em menos de 10% dos vacinados.

Todas as reações adversas são mais frequentes após revacinação com períodos de tempo curtos. Acredita-se que estejam relacionadas com a presença de grande quantidade de anticorpos no organismo.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação.

Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para pessoas a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos com condições de saúde especiais que as tornam propensas a ter doença grave causada pelo pneumococo.

O que previne:

Raiva.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém vírus inativados (mortos) da raiva, maltose, albumina humana, cloreto de sódio e água para injeção. Pode conter traços de estreptomicina, neomicina e polimixina B, antibióticos usados no cultivo do vírus vacinal.

Indicação:

É recomendada a todas as pessoas que sofreram acidentes com animais (mordeduras ou lambeduras) que representem risco para a doença, de acordo com critérios que levam em consideração o local e o tamanho do ferimento e o grau de suspeita de raiva no animal envolvido, após avaliação pelo profissional de Saúde. Dependendo do caso, pode ser necessário, além da vacina pós-exposição, a administração do soro ou da imunoglobulina antirrábicos.

Em esquema pré-exposição, para prevenção da doença em pessoas que estão em risco permanente, também é recomendado para profissionais que lidam com animais (veterinários, tratadores), que se expõem a animais (exploradores de cavernas com morcegos, trabalhadores de parques e reservas animais, viajantes para áreas de risco) e que se expõem ao vírus (profissionais de laboratórios que analisam e testam os vírus da raiva, que os cultivam para produzir a vacina).

Contraindicação:

Não há contraindicação para prevenção após acidentes com animais, pois a raiva é doença letal.

Reação anafilática após dose anterior da vacina (ou a um de seus componentes) é contraindicação apenas para esquema de pré-exposição.

Esquema de doses:

Veja o esquema para prevenção da raiva humana preconizado pelo Ministério da Saúde (último acesso em 13/03/16).

Em alguns casos pode ser necessário o uso de soro ou imunoglobulinas antirrábicos, que só estão disponíveis no serviço público de Saúde.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Como a raiva é doença grave e letal, deve haver avaliação e acompanhamento por profissional de Saúde.

Os acidentes com animais devem ser notificados.

Pessoas com indicação de esquema de pré-exposição também devem realizar as dosagens de anticorpos periódicas para determinar a necessidade de doses de reforço.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Dor, coceira e inchaço no local de aplicação e erupção de pele semelhante a urticária são relatadas em 15% a 25% dos vacinados.

Onde pode ser encontrada:

Em Unidades Básicas de Saúde e em clínicas privadas de vacinação.

O que previne:

Doença diarreica causada por rotavírus.

Do que é feita:

A vacina oral monovalente (VRH1) contém um tipo de rotavírus vivo “enfraquecido”, além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril.

A vacina oral atenuada pentavalente (VR5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”, sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.

Indicação:

Bebês de 6 semanas a 8 meses e 0 dia. A primeira dose deve ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias, e a última dose até os 7 meses e 29 dias.

Contraindicação:

Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.

Esquema de doses:

VRH1 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: em duas doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2 e 4 meses de idade.

VR5 – Para crianças a partir de 6 semanas de idade: três doses, com intervalo mínimo de quatro semanas. Esquema padrão: 2, 4 e 6 meses de idade.

Sobre ambas as vacinas – A idade máxima para começar a vacinação é 3 meses e 15 dias. Se houver atraso, a imunização não poderá ser feita. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.

Via de aplicação:

Oral.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Adiar a vacinação em bebês com febre moderada a alta (acima de 38ºC) ou diarreia intensa, até que ocorra a melhora desses sintomas. Não há problema se a febre for baixa ou a diarreia de leve intensidade, sem provocar desidratação.

Bebês de mães portadoras do vírus HIV podem ser vacinados se não tiverem sinais de deficiência imunológica.

Não há problema em vacinar bebês que convivem com pessoas com deficiência imunológica.

Não é preciso dar outra dose se o bebê golfar ou regurgitar após tomar a vacina.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Eventos adversos inesperados ou graves devem ser notificados.

Onde pode ser encontrada:

VRH1 – Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nas clínicas privadas de vacinação.

VR5 – Apenas em clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas a 8 meses de vida.

Efeitos e eventos adversos:

VRH1 – Entre 2008 e 2010, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) colaborou com um estudo da vacina, no México e no Brasil. Em nosso país, verificou-se um pequeno aumento no risco de invaginação, na primeira semana após a segunda dose da vacina. Entre 2006 e 2012, no Brasil, 6,1 milhões de doses foram aplicadas, com apenas oito registros de casos de invaginação. A ocorrência é muito menor que o risco de hospitalização ou óbito decorrente de gastrenterite causada por rotavírus.

VR5 – Sintomas de gastrenterite ocorrem em menos de 10% dos vacinados. Nos Estados Unidos, de 2006 e 2012, foram aplicadas 47 milhões de doses da vacina. Nesse período, ocorreram 584 casos de invaginação entre três e seis dias após a primeira dose da vacina. Esse total é muito próximo da quantidade esperada em crianças não vacinadas, o que demonstra que o risco oferecido pela vacina é pequeno.

O que previne:

Sarampo, caxumba e rubéola.

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).

Indicação:

Crianças, adolescentes e adultos.

Contraindicação:

Gestantes, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação, história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.

A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquemas de doses:

Para ser condisiderada protegida, todo indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, independentemente da idade.

Na rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação infantil, a primeira dose desta vacina é aplicada aos 12 meses de idade; e aos 15 meses (quando é utilizada a vacina combinada à vacina varicela [quádrupla viral: SCR-V]).

Para crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam como rotina duas doses, uma aos 12 meses e a segunda quando a criança tiver entre 1 ano e 3 meses e 2 anos de idade, junto com a vacina varicela, podendo ser usadas as vacinas separadas (SCR e varicela) ou combinada (quádrupla viral: SCR-V).

Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados: duas doses com intervalo de um a dois meses.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.

Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.

Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.

É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

As reações locais acometem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.

Febre alta (maior que 39,5°C), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Algumas crianças podem apresentar convulsão febril, sem consequências graves. Em 0,5% a 4% dos vacinados também pode ocorrer dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza cinco a 12 dias após a vacinação. Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias, surgem em 5% dos vacinados. Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados a partir de sete a 21 dias de vacinado. Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.

Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após a vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.

A associação da vacina com autismo foi totalmente descartada.

Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foi descrita na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação. Contudo, essa ocorrência contraindica outras doses da vacina tríplice viral.

Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.

Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacinação.

A anafilaxia é muito rara e ocorre quase sempre nos primeiros 30 minutos depois de administrada a vacina. Nesse caso, contraindicam-se doses subsequentes.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos com até 49 anos. Eventualmente, em caso de surtos, o Ministério da Saúde (MS) pode realizar campanhas de vacinação para crianças a partir de 6 meses de vida. Esta dose “extra” não substitui as duas doses recomendadas no esquema de vacinação.

Nas clínicas privadas, está disponível para a vacinação de crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos de qualquer idade.


Sarampo


Rubéola

O que previne:

Difteria e tétano.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças; tem o sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicação:

A partir dos 7 anos de idade, com reforços a cada dez anos recomendados para difteria e tétano. Quando desejada, a prevenção da coqueluche deve ser substituída pela tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa).

Contraindicação:

Apenas pessoas com alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina ou a dose anterior.

Esquemas de doses:

- Uma dose a cada dez anos a partir dos 14 anos de idade.
- Sempre que possível, a dT deve ser substituída pela tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), para a prevenção também da coqueluche.

Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram antes, ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico, recomenda-se três doses da dT, embora seja mais prudente que uma destas doses seja substituída pela dTpa.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
-Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
-Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
-Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor sob prescrição médica.
-Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas, devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Na maioria das vezes ocorrem apenas manifestações leves e transitórias no local da aplicação, com melhora dos sintomas entre 24 a 48 horas. Dor e aumento de sensibilidade acometem de 50% a 85% dos vacinados; vermelhidão e inchaço, de 25% a 30%. Grande inchaço ocorre com apenas 2%.

Raramente, pode haver reação local intensa, comprometendo todo o membro – sintoma compatível com reação do tipo Arthus, também chamada de hipersensibilidade tipo III.

De 0,5% a 0,7% dos vacinados têm febre. Mal-estar, sonolência, náusea, vômitos e manifestações alérgicas ocorrem com frequência ainda menor.

A inflamação dos nervos do braço (neuropatia ou neurite do plexo braquial) é rara – índice de 0,5 a 1 caso em cada 100 mil vacinados – e pode manifestar-se de dois a 28 dias após a administração de vacina contendo o toxoide tetânico. Causa dor constante, profunda e intensa na parte superior do braço e cotovelo, seguido de fraqueza e atrofia muscular após alguns dias ou semanas, podendo haver perda da sensibilidade local. Pode acontecer no mesmo lado ou do lado oposto ao da injeção e, algumas vezes, pode ser bilateral. A neuropatia contraindica aplicações de vacinas contendo toxoide tetânico.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde.

Tétano


Difteria

O que previne:

Difteria e tétano.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.
Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças, sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicação:

Para crianças menores de 7 anos de idade, que tenham apresentado encefalite nos sete dias subsequentes à administração de dose anterior de vacina contendo componente coqueluche (DTPw ou DTPa).

Contraindicação:

- Maiores de 7 anos de idade.
- Não deve ser utilizada de rotina. A vacina recomendada de rotina para crianças é a tríplice bacteriana e suas combinações, que também protegem contra a coqueluche.

Esquemas de doses:

Uma a três doses, de acordo com o histórico de cada pessoa e sob orientação médica.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

- Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
- Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
- Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
- Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
- Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
- Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Na maioria das vezes ocorrem apenas manifestações leves e transitórias no local de aplicação, com melhora dos sintomas entre 24 a 48 horas. Dor, vermelhidão e inchaço acometem de 9% a 42% das crianças, enquanto apenas 4% a 6% apresentam o grande inchaço – maior que 2 cm de diâmetro.

De 9% a 35% dos vacinados apresenta febre baixa a moderada, e apenas 0,2% apresentam febre alta.

Sonolência prolongada pode surgir nas primeiras 24 horas após a aplicação em 43% a 54% das crianças.

Falta de apetite de baixa intensidade e de pouca duração nas primeiras 24 horas pode ocorrer com 22% a 26% dos vacinados; enquanto o percentual que apresenta vômito é de 9% a 15%.

Irritabilidade é frequente em 55% a 67% dos vacinados.

Choro persistente acontece em 0,06% dos vacinados e choro contínuo por mais de uma hora em 5% a 6% deles.

Onde pode ser encontrada:

Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para crianças com até 7 anos que não podem tomar vacinas coqueluche (DTPw e DTPa).

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio e água para injeção.

A quantidade de toxoide diftérico e de componentes pertussis é menor que na vacina infantil (DTPa).

Indicações:

  • Para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
  • Gestantes.
  • Todas as pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos, sobretudo bebês com menos de 1 ano, incluindo familiares, babás, cuidadores e profissionais da Saúde.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou após a administração de dose anterior.

Esquema de doses:

  • Pode ser usada para a dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
  • Recomendada para o reforço na adolescência.
  • Recomendada para os reforços em adultos e idosos.
  • Para crianças com mais de 7 anos, adolescentes e adultos que não tomaram ou sem registro de três doses de vacina contendo o toxoide tetânico anteriormente, recomenda-se uma dose de dTpa seguida de duas ou três doses da dT.
  • As gestantes devem receber uma dose de dTpa, a cada gestação entre a 27a e a 36a semana de gestação. Quando não vacinadas durante a gravidez, devem receber uma dose da vacina o mais precocemente após o parto (de preferência ainda na maternidade).

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças com até 9 anos podem ocorrer: irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e fadiga em mais de 10% dos vacinados. Até 10% podem manifestar falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. Distúrbios da atenção, irritação nos olhos e erupção na pele são incomuns – acometem apenas 0,1% a 1% dos vacinados.
  • Mais de 10% das crianças a partir de 10 anos, adolescentes e adultos experimentam dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), cansaço e mal-estar. Em até 10% acontecem tontura, náusea, distúrbios gastrintestinais, febre, nódulo ou abscesso estéril (sem infecção) no local da aplicação. São incomuns (entre 0,1% e 1% dos vacinados) sintomas respiratórios, faringite, aumento dos gânglios linfáticos, síncope (desmaio), tosse, diarreia, vômito, transpiração aumentada, coceira, erupção na pele, dor articular e muscular e febre acima de 39ºC.
  • A anafilaxia ocorre com menos de 0,01% das pessoas; inchaço generalizado, convulsões, urticária e fraqueza muscular com 0,01% a 0,1% dos vacinados.
  • A experiência com o uso da vacina sugere que há um pequeno aumento do risco de eventos adversos locais com a vacinação em doses repetidas e próximas (esquema de três doses em seis meses) em adultos com mais de 40 anos, bem como na dose de reforço das crianças (a partir de 10 anos de idade).

Onde pode ser encontrada:

  • Em clínicas privadas de vacinação.
  • Nas Unidades Básicas de Saúde para gestantes e profissionais da Saúde que atuam em maternidades.

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), e componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), sal de alumínio como adjuvante, fenoxietanol, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicações:

Crianças com menos de 7 anos de idade. Mesmo as que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e/ou coqueluche devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente frente a novas infecções.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias que se seguiram à aplicação de dose anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia causada por qualquer componente da vacina.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir a vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla, nas quais a DTPa é combinada a outras vacinas. Ver DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para a dose de reforço entre 4 e 5 anos de idade, a DTPa pode ser substituída por dTpa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Com a vacina DTPa os eventos adversos são menos frequentes e intensos do que com a DTPw.

Manifestações locais:

  • Inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação acontecem com 1,2% a 22,9% das crianças vacinadas.
  • Inchaço extenso, atingindo todo o membro, ocorre em 2% a 3% das crianças vacinadas com quatro ou cinco doses da tríplice bacteriana acelular infantil (DTPa), em geral nas primeiras 24 horas. A melhora espontânea é percebida em dois dias.
  • Mais raramente pode haver formação de abscesso no local da aplicação, estéril (abscesso frio) ou infeccioso (abscesso quente), com pus.

Manifestações sistêmicas:

  • Febre baixa a moderada acomete até 30% dos vacinados, em especial quando da aplicação da primeira dose e nas primeiras 24 horas (habitualmente entre três e 12 horas).
  • Febre alta ocorre em menos de três crianças a cada mil vacinadas.
  • Sonolência em 30% a 52,2% das crianças vacinadas. Tem início nas primeiras 24 horas e pode persistir por até 72 horas após. A melhora do sintoma se dá de maneira espontânea, não sendo necessária conduta especial. Esse quadro não deixa sequela.
  • Perda de apetite de baixa intensidade e transitória é sintoma encontrado em até 27,2% dos vacinados.
  • Vômitos acontecem em 2,5% a 21,6% das crianças vacinadas, melhorando espontaneamente.
  • Choro persistente foi descrito em duas a cada mil crianças vacinadas, nas primeiras 24 horas.
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) pode acontecer nas primeiras 48 horas com frequência de 0,7 a cada mil crianças vacinadas e não deixa sequelas. Costuma ser precedido por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência. Esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas, mas, apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
  • Convulsão, nas primeiras 72 horas, também de caráter benigno – não causa sequelas. A chance de ocorrência é de 0,3 para cada mil crianças vacinadas. É aconselhável que se faça uma investigação médica para verificar se foi de fato causada pela vacina. Como os casos de convulsão associam-se a febre e não à vacina, não há contraindicação para as próximas doses.
  • Encefalopatia pós-vacinal é muito rara e não foi comprovada relação com a vacina. Entre 1993 e 2002, o serviço de vigilância em saúde do Canadá avaliou mais de 12 mil registros hospitalares devidos a desordens neurológicas e não foi encontrado nenhum caso de encefalopatia atribuível a DTPa, em um universo de mais de 6,5 milhões de doses aplicadas.
  • Reações de hipersensibilidade são extremamente raras e estão associadas a reações alérgicas como urticária, ou, em casos mais graves, anafilaxia. Nunca foi identificada qualquer relação entre a anafilaxia e a vacina DTPa, de modo que sua ocorrência não contraindica doses subsequentes da vacina. Estas reações podem surgir várias horas ou dias após a aplicação da vacina, podem ter origens diversas (viroses, alimentos e medicamentos, por exemplo), sendo muito pouco provável que reapareçam após a aplicação de dose subsequente, portanto, neste caso, não há contraindicação.

Onde pode ser encontrada:

  • Nas clínicas privadas de vacinação para crianças com até 7 anos de idade.
  • Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para crianças com até 7 anos e que apresentaram as seguintes reações adversas após a aplicação da vacina DTPw ou DTPw-HB/Hib:
    • Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação.
    • Episódio hipotônico hiporresponsivo nas primeiras 48 horas após vacinação.
  • Para crianças que apresentem risco aumentado de eventos graves à vacina DTPw ou DTPw-HB/Hib, como:
    • Doença convulsiva crônica.
    • Doenças crônicas do coração ou pulmão e com risco de descompensação quando ocorre febre.
    • Doenças neurológicas crônicas incapacitantes.
    • Recém-nascido internado em unidade neonatal na idade de vacinação.
  • Recém-nascido prematuro extremo (nascidos com menos de 1 kg ou 31 semanas de gestação).
  • Crianças nas seguintes situações de imunodepressão:
    • Com câncer e/ou necessitando de quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia.
    • Com doenças imunomediadas que necessitem de quimioterapia, corticoterapia ou imunoterapia.
    • Transplantadas de órgãos sólidos e células-tronco hematopoiéticas (medula óssea).

O que previne:

Difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças), componentes da cápsula da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis), vírus da poliomielite inativados (mortos) tipos 1, 2 e 3, sal de alumínio como adjuvante, 2-fenoxietanol, polissorbato 80, cloreto de sódio e água para injeção.

Pode conter ainda traços de formaldeído, neomicina e polimixina B usados no processo de fabricação.

Indicações:

  • Para crianças a partir de 3 ou 4 anos de idade, adolescentes e adultos, para os reforços de seus esquemas de vacinação.
  • Pode substituir as formulações infantis da vacina tríplice bacteriana (DTPa e suas combinações) no reforço de 4 a 5 anos de idade.
  • Para adolescentes e adultos, pode substituir a vacina dTpa e é a alternativa para viajantes com destinos às areas de risco para poliomielite.
  • Para gestantes, pode substituir a dTpa na indisponibilidade desta vacina ou quando se trata de gestante viajante para área de risco para a poliomielite.

Contraindicação:

Pessoas que apresentaram anafilaxia após uso de componentes da vacina ou dose anterior.

Esquema de doses:

Pode substituir qualquer dose de dTpa Em caso de viagens a locais de risco para a poliomielite, pode ser aplicada mesmo em pessoas que estejam em dia com a dTpa.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Se ocorrer uma reação local muito intensa (Arthus), é importante observar o intervalo de dez anos após a aplicação da última dose da vacina para se administrar a dose de reforço.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Em crianças, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: sonolência e reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço). Entre 1% e 10% dos vacinados podem apresentar perda de apetite, irritabilidade, dor de cabeça e febre acima de 37,5ºC. Entre 0,1% a 1%: aumento dos gânglios, sono inquieto, apatia, garganta seca, diarreia, vômito, dor abdominal, náusea e cansaço.
  • Em adolescentes e adultos, ocorrem em mais de 10% dos vacinados: dor de cabeça, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço) e cansaço. Entre 1% a 10% dos vacinados: distúrbios gastrintestinais, febre acima de 37,5ºC, hematoma no local da aplicação. Entre 0,1% e 1% dos vacinados ocorrem: aumento dos gânglios, diminuição do apetite, sensação de formigamento, sonolência, tontura, coceira, dor muscular, dor nas articulações, febre acima de 39ºC, calafrios.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.


Difteria

O que previne:

Difteria, tétano e coqueluche.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Contém os toxoides diftérico e tetânico (derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças); bactéria morta da coqueluche (Bordetella pertussis); sal de alumínio como adjuvante, cloreto de sódio, e água para injeção.

Indicações:

Para todas as crianças até 7 anos de idade, mesmo as que já tiveram tétano, difteria e coqueluche, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente. A vacina é usada na rede pública como dose de reforço para crianças com idade entre 4 e 5 anos.

Contraindicações:

  • Pessoas com mais de 7 anos de idade.
  • Crianças que apresentaram, após a aplicação de vacina DTPw ou combinada a ela: episódio hipotônico-hiporresponsivo – EHH (palidez, perda de tônus muscular e consciência) nas primeiras 48 após a aplicação; convulsões nas primeiras 72 horas; reação anafilática nas primeiras duas horas e encefalopatia aguda nos sete dias após a vacinação.

Esquema de doses

É utilizada na rotina pública de vacinação infantil aos 2, 4 e 6 meses de idade, na apresentação combinada com as vacinas Hib e hepatite B. A vacina DTPw isolada (não combinada a outras vacinas) é usada na rede pública para os reforços do segundo ano de vida e dos 4 anos de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Manifestações locais: vermelhidão, calor, endurecimento, dor e inchaço no local da aplicação ocorrem em 37% a 50% dos casos e podem atrapalhar a movimentação do membro. Ocasionalmente pode aparecer nódulo endurecido, indolor e que desaparece ao longo de várias semanas. Com menos frequência, pode haver formação de abscesso no local da aplicação, em geral estéril (sem infecção associada: abscesso frio) ou infectado com pus (abscesso quente).

Manifestações sistêmicas: relacionam-se sobretudo com o componente pertussis (coqueluche) da vacina e incluem:

  • Febre baixa a moderada três a 12 horas após a vacinação, com duração de cerca de 24 horas.
  • Sonolência prolongada acomete 32% dos vacinados, iniciando nas primeiras 24 horas e persistindo por até 72 horas.
  • Perda de apetite de pouca intensidade e duração é comum em 21% dos vacinados, em geral nas primeiras 24 horas.
  • Vômitos ocorrem com 6% dos vacinados.
  • Irritabilidade é comum (em 50% dos vacinados) e melhora em até 24 horas.
  • Choro persistente foi descrito em 3,6% das crianças vacinadas com DTPw em estudo sobre a vacinação nos primeiros meses de vida, sendo mais frequente nas doses iniciais. Não se dispõe de estudos específicos quando a DTPw é utilizada somente na dose de reforço.
  • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) pode acontecer nas primeiras 48 horas após a vacinação – cerca de um para cada 1.750 doses aplicadas. Costuma ser precedido por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência. Esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas, mas, apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
  • Convulsão, também de caráter benigno – não causa sequelas. É aconselhável que se faça investigação médica para verificar se foi de fato causada pela vacina. Em caso de convulsão nas primeiras 48 horas após a vacinação, as próximas doses devem ser feitas com a vacina acelular (DTPa ou dTpa) e suas combinações, de acordo com a idade.
  • Encefalopatia pós-vacinal é rara, ocorrendo cerca de 0 a 10,5 casos por 1 milhão de doses aplicadas da vacina DTPw. Sua ocorrência requer investigação e contraindica doses posteriores com qualquer vacina que tenha componente pertussis (coqueluche: DTPw e DTPa), só podendo ser aplicada a vacina dupla bacteriana (DT ou dT).
  • Reações de hipersensibilidade são extremamente raras e dizem respeito a manifestações alérgicas, como urticária ou, em casos mais graves, anafilaxia. Sua ocorrência contraindica doses subsequentes de vacinas que contenham qualquer um dos componentes da DTPw.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde.

O que previne:

Difteria, tétano, coqueluche, meningite por Hib (bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

É composta por toxoides diftérico e tetânico, combinados com a célula inteira purificada da bactéria da coqueluche (Bordetela pertussis); partícula da superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) e componente da cápsula do Haemophilus influenzae tipo b (Hib), conjugado com uma proteína. Contém também fosfato de alumínio, cloreto de sódio e água para injeção.

Indicações:

Crianças até 7 anos de idade.

É utilizada nas Unidades Básicas de Saúde para a vacinação no primeiro ano de vida, aos 2, 4 e 6 meses.

Mesmo as crianças que já tiveram tétano, difteria, doença causada pelo Hib e/ou coqueluche, devem ser imunizadas, uma vez que estas doenças não conferem proteção permanente contra novas infecções.


Difteria


Coqueluche


Tétano neonatal


Meningite por haemophilus tipo b

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos de idade, com ou sem história de reação alérgica grave (anafilaxia) a algum componente da vacina.
  • Crianças que apresentaram reações vacinais consideradas graves após a aplicação da vacina DTPw ou combinada a ela:
    • Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas. Esta reação em geral é precedida por irritabilidade e febre. A criança torna-se pálida, perde o tônus muscular e a consciência, e esse quadro pode durar desde alguns minutos até algumas horas. Apesar de muito angustiante, melhora sem deixar sequelas. Sua ocorrência não indica tendência de repetição quando da aplicação de doses subsequentes.
    • Convulsões nas primeiras 72 horas.
    • Reação anafilática nas primeiras duas horas.
    • Encefalopatia aguda nos sete dias após a vacinação.

Esquema de doses

Uma dose aos 2, 4 e 6 meses de idade.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24-72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

Pode provocar vários eventos adversos, quase sempre entre as primeiras 48 a 72 horas, sendo o componente pertussis o principal responsável. Em geral, são eventos leves, que melhoram sem complicações ou sequelas e não contraindicam doses subsequentes.

Estes eventos são os mesmos e com frequência semelhantes aos observados com a vacina tríplice bacteriana de células inteiras (DTPw).

Onde pode ser encontrada:

A DTPw-HB/Hib foi introduzida no calendário básico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em setembro de 2012. Desde então, está disponível nas Unidades Básicas de Saúde.

  • Vacina quíntupla acelular (também chamada “penta’) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus influenzae tipo b (Hib): DTPa-VIP/Hib.
  • Vacina sêxtupla acelular (também chamada “hexa”) — inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPa), a poliomielite inativada (VIP), a hepatite B (HB) e a Haemophilus influenzae tipo b (HIb): DTPa-VIP-HB/HIb.

O que previne:

  • DTPa-VIP/Hib: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.
  • DTPa-VIP-HB/HIb: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.

Do que é feita:

Trata-se de vacinas inativadas, portanto, não têm como causar doença.

DTPa-VIP/Hib: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado e vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

DTPa-VIP-HB/HIb: Além dos componentes da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa), contém componente da bactéria Haemophilus influenzae tipo b conjugado, vírus inativados (mortos) da poliomielite tipos 1, 2 e 3 e componente da superfície do vírus da hepatite B. A composição inclui ainda: lactose, cloreto de sódio, 2-fenoxietanol, hidróxido de alumínio e água para injeção. Pode conter traços de antibiótico (estreptomicina, neomicina e polimixina B), formaldeído e soroalbumina de origem bovina.

Indicação:

As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir de 2 meses de idade e podem ser aplicadas até os 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações.

Contraindicações:

  • Maiores de 7 anos.
  • Crianças que apresentaram encefalopatia nos sete dias seguintes à aplicação anterior de vacina contendo componente pertussis.
  • Anafilaxia a qualquer componente da vacina.

Esquema de doses:

Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sêxtupla (hexa). Veja DTPa-VIP/Hib ou DTPa-VIP-HB/Hib. Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPa ou dTpa-VIP.

Via de aplicação:

Intramuscular.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

  • Não são necessários cuidados especiais antes da vacinação.
  • Em caso de doença aguda com febre alta a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
  • Em pessoas com doenças que aumentam o risco de sangramento, a aplicação intramuscular pode ser substituída pela subcutânea.
  • Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.
  • Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
  • Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

  • Os eventos adversos e a frequência com que ocorrem são semelhantes nas duas vacinas e devem-se principalmente ao componente pertussis. Estudo comparativo mostrou que as reações a estas vacinas foram significativamente menores quando comparadas com a vacina combinada contra pertussis de células inteiras (DTPw).
  • Até 21% das crianças vacinadas experimentam reações no local da aplicação (vermelhidão, dor, inchaço); até 22% podem ter febre maior que 38ºC; e 1,9% pode ter febre a partir de 40ºC. Um por cento pode manifestar perda de apetite, vômito, irritabilidade, choro persistente e sonolência. De 0,01% a 1% pode apresentar convulsão febril e episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH); menos de 0,01%, problemas neurológicos (inflamação no cérebro, alterações de movimento), inchaço transitório nas pernas com roxidão ou pequenos sangramentos transitórios, e anafilaxia. Os eventos adversos são um pouco mais frequentes nas doses de reforço.

Onde podem ser encontradas:

Em clínicas privadas de vacinação.

O que previne:

Sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola, da caxumba e da varicela (catapora), lactose anidra, sorbitol, manitol, aminoácidos, traços de neomicina e água para injeção. Contém traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.

Indicação:

A vacina SCR-V está recomendada para crianças e adolescentes com menos de 12 anos em substituição às vacinas tríplice viral (SCR) e varicela, quando a aplicação destas duas for coincidente.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou a vacina SCR-V para a aplicação da segunda dose da vacina SCR e dose única da vacina varicela.

Contraindicação:

Gestantes; pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação; história de anafilaxia após dose anterior da vacina ou a algum componente.

A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. O teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, recomenda-se que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquemas de doses:

O sistema público disponibiliza de rotina uma dose de varicela apenas na apresentação SCR-V, aplicada aos 15 meses, nas crianças que já receberam a primeira dose de tríplice viral. Em relação à varicela, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina, com intervalo de três meses: aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, o uso da vacina SCR-V pode ser adotado.

Efeitos e eventos adversos:

Após a primeira dose, 22% indivíduos vacinados com a SCR-V têm risco de apresentar febre. Esse percentual cai para 15% quando da aplicação das vacinas em separado. O risco de convulsão febril é discretamente mais alto após a primeira dose, quando é feita com a vacina SCR-V, em comparação com as vacinas separadas, o que equivale a um caso a mais para cada 2.500 crianças vacinadas. Na segunda dose de SCR-V, essas diferenças não acontecem e a quantidade de eventos adversos é a mesma após a vacinação com uma ou outra apresentação.

Em 3% dos vacinados aparecem erupções na pele semelhantes às do sarampo. Esses sinais se instalam de cinco a 12 dias após a vacinação e desaparecem em poucos dias sem deixar sequelas.

As reações locais acontecem menos de 0,1% dos vacinados e incluem: ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo.

Febre alta (maior que 39,5ºC), que surge de cinco a 12 dias após a vacinação, com um a cinco dias de duração, pode ocorrer em 5% a 15% dos vacinados. Nesse caso, crianças predispostas podem apresentar convulsão febril, sem consequências.

Em 0,5% a 4% dos vacinados também ocorrem dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza, de cinco a 12 dias após a vacinação.

Manchas vermelhas no corpo, sete a 14 dias após a vacinação, durando em torno de dois dias, aparecem em 5% dos vacinados.

Gânglios inchados aparecem em menos de 1% dos vacinados entre sete a 21 dias após a vacinação.

Todos estes sintomas gerais ocorrem principalmente após a primeira dose da vacina.

Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose.

A associação da vacina SCR com autismo está descartada.

Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) foi descrita na proporção de um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação, mas sua ocorrência contraindica doses subsequentes.

Dor articular ou artrite surge em 25% das mulheres após a puberdade, de um a 21 dias depois da vacinação. Essa reação é transitória, benigna e não contraindica outras doses da vacina.

Inflamação das glândulas parótidas ocorre em 0,7% a 2% dos vacinados, de dez a 21 dias após a vacina.

A anafilaxia é muito rara e ocorre com mais frequência nos primeiros 30 minutos, o que contraindica doses subsequentes.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

Crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.

Crianças em uso de quimioterapia para tratamento de câncer, ou outras drogas que causam imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.

Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.

Onde pode ser encontrada:

Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 15 a 23 meses e 29 dias de idade.

Na rede privada, para crianças de 12 meses a 12 anos de idade.

O que previne:

Varicela (catapora).

Do que é feita:

Trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da varicela, além de gelatina, traços de neomicina, água para injeção. Não contém traços de proteína do ovo de galinha.

Indicação:

É recomendada de rotina para crianças com mais de 12 meses (excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir de 9 meses).

Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Contraindicação:

Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior, e gestantes.

Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.

Esquema de doses:

O sistema público disponibiliza uma única dose de varicela, na apresentação SCR-V, aplicada nas crianças com 15 meses que já tomaram a primeira dose de tríplice viral.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a seguinte entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, o uso da vacina SCR-V pode ser adotado.

Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.

Em situação de surto na região de moradia ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses – essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada no futuro e a criança deverá tomar as duas doses de rotina, conforme já descrito aqui.

Via de aplicação:

Subcutânea.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:

As crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento.

Crianças em uso de quimioterapia para tratar o câncer só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento.

Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.

Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.

Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.

Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma) devem ser investigados para verificação de outras causas.

Efeitos e eventos adversos:

A vacina varicela é segura em indivíduos imunocompetentes, com taxa de eventos adversos variando de 5% a 35%. Imunodeprimidos podem apresentar eventos adversos mais intensos, embora raramente graves.

Em 26% dos vacinados ocorre dor no local da aplicação e em 5% ocorre vermelhidão. Em 1% a 3% podem ser observadas vesículas próximas ao local da aplicação.

De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema pelo corpo, semelhante às lesões causadas pela varicela, com duas a cinco lesões aparecendo entre cinco e 26 dias após a vacinação. Já as lesões que surgem duas ou mais semanas após a aplicação da vacina são indicativas da doença provocada pelo vírus varicela zóster que foi adquirido antes da vacinação e ficou incubado.

Onde pode ser encontrada:

Em clínicas privadas de vacinação, para crianças a partir de 9 meses de vida, adolescentes e adultos.

Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), para pessoas com condições específicas de saúde.